A Polícia Federal apura quem deu o dinheiro, e em que forma, ao advogado Frederic Wasseff para que ele fosse aos Estados Unidos e recomprasse aos joias vendidas pela equipe do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo investigadores, ainda há quebras de sigilo bancário e fiscal pendentes, que ainda vão ser enviadas à equipe da PF, para tentar descobrir a fonte dos recursos.
A equipe de Bolsonaro decidiu recomprar as joias diante da decisão do Tribunal de Contas da União de que o ex-presidente precisava devolver as joias que ele havia ganhado de presente na Arábia Saudita, e que foram lançadas no acervo pessoal de Bolsonaro. O correto era o registro no acervo da União, por não serem presentes de natureza personalíssima. Ou seja, não podiam ficar com o ex-presidente nem vendê-las.
A princípio, o ministro do TCU Augusto Nardes havia decidido que as joias poderiam ficar em poder de Bolsonaro até o final das investigações. Só que a decisão foi muito criticada e revogada pelo plenário do tribunal. Ciente de que a decisão iria cair, a equipe de Bolsonaro decide acelerar a recompra das joias para enviá-las de volta ao Brasil para serem entregues para a União.
Na época, a equipe de Bolsonaro justificava que as joias estavam guardadas na fazenda de Nelson Piquet e seriam devolvidas em breve.
Além da chegada da quebra de sigilos bancário e fiscal, a PF vai ouvir o advogado Wasseff e questionar quem lhe deu o dinheiro. A PF suspeita que esse dinheiro saiu de alguma conta ou cofre de Bolsonaro onde os recursos da venda das joias ficariam guardados.