A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (23) mais 54 bolsonaristas radicais pelos atos de terror praticados contra as sedes dos Três Poderes.
Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
No total, 98 pessoas já foram denunciadas ao STF.
Essa é a terceira denúncia apresentada pela PGR. A primeira mirou os 39 detidos no Senado, e a segunda, cinco que foram presos por envolvimento em ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os denunciados deverão responder por incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa.
Na denúncia, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, subprocurador Carlos Frederico Santos, disse que “havia uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder.
Na denúncia, a PGR pede também que seja substituída a prisão preventiva dos 54 denunciados por medidas cautelares.
Segundo o documento, a soma das penas máximas previstas para os crimes pelos quais os radicais foram denunciados é de três anos e seis meses, “não cumprindo com o pressuposto objetivo para a decretação da medida cautelar corporal máxima”.
Entre as medidas cautelares impostas estão a proibição de acesso a redes sociais, contato com os demais investigados e a qualquer estabelecimento militar e imediações com distância mínima de 500 metros.