Urna eletrônica
Caiu a quantidade de candidatos inscritos para concorrer nas eleições municipais de outubro deste ano, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O 1º turno ocorre no dia 6 de outubro.
Urna eletrônica — Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Caiu a quantidade de candidatos inscritos para concorrer nas eleições municipais de outubro deste ano, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O 1º turno ocorre no dia 6 de outubro.
Havia 447.427 candidaturas confirmadas no site do tribunal até as 19h01 desta quinta-feira (15), data limite para o pedido dos registros. Os registros online terminaram às 8h, enquanto a entrega presencial dos documentos nos juízos eleitorais se encerrou às 19h.
Segundo o TSE, os registros presenciais demandam mais tempo até serem aprovados e computados no sistema online. Com isso, o número ainda pode mudar, mas, segundo o Tribunal, mesmo assim eles não são suficientes para mudar o cenário de queda entre 2020 e 2024.
Em 2020, o país registrou número recorde de 557.678 candidatos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador na última eleição municipal. A marca ocorreu em pleno ano de pandemia de Covid-19.
Veja o histórico de candidaturas às eleições municipais abaixo:
O número deste ano representa queda de 20% no total de candidatos comparado à eleição anterior, conforme a última atualização do TSE. O número absoluto é de quase 100 mil candidaturas a menos.
Neste ano, são 15.221 registros para prefeito, queda de 21% em relação às 19.379 candidaturas em 2020. A queda é de 23% para candidaturas a vice-prefeito: 15.291 contra 19.814.
Já para a disputa para vereadores, há um total de 416.915 registros aprovados para 2024, 20% menos quando comparado aos 518.485 concorrentes na eleição passada.
Ao todo, o país tem 5.569 prefeituras em disputa nas cinco regiões e média de quase 3 candidatos para prefeito e vice. Já as vagas para vereador são 58.464, com média de 7 candidatos para cada cadeira nas Câmaras Municipais.
Para a doutora em ciência política Vera Chaia, professora de Política da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, existem algumas hipóteses para a queda, como: descrença na política, custo das campanhas eleitorais, coligações limitando candidatura, entre outros.
"[É preciso] Ver a relação entre os partidos políticos com as regiões e candidatos. Isso porque quem escolhe os candidatos são os partidos e preferem aqueles que possuem maior capital político, que tragam rendimentos políticos para os partidos", analisa a especialista.