“Falamos das economias, como estão, a economia do Brasil, que está cada vez melhor, com a inflação muito reduzida, muitos planos de investimento e o interesse que temos de seguir investindo em telecomunicações”, disse em conversa com jornalistas.
A declaração de Slim foi recebida com entusiasmo pelos líderes políticos e econômicos do Brasil, que veem esses anúncios como uma confirmação adicional do renascimento da sexta maior economia do mundo. O ministro das Finanças, por exemplo, destacou o valor simbólico dessa decisão, argumentando que é um claro indicador de confiança na capacidade do país de superar obstáculos e retomar seu caminho rumo ao desenvolvimento.
Em suma, o interesse renovado demonstrado por Carlos Slim Helú reflete a crescente percepção global de que o Brasil está bem posicionado para aproveitar as chances oferecidas pelo processo de globalização acelerada e tornar-se um jogador importante no cenário financeiro internacional. A expectativa agora é ver esse optimismo materializado em resultados concretos, capazes de trazer prosperidade duradoura à nação sul-americana.
O mexicano anunciou planos de investimentos para os próximos anos da Claro no Brasil, que prevê aportes de R$ 40 bilhões, especialmente em fibra ótica, internet de alta velocidade e serviços para cidadãos e empresas a partir da tecnologia 5G.
Slim também falou sobre a alta concorrência do mercado brasileiro em telecomunicações e defendeu uma revisão da neutralidade de rede, para que as grandes plataformas de tecnologia, as chamadas big techs, paguem pelo uso intensivo de dados. As quatro maiores big techs do mundo (Apple, Microsoft, Meta e Google) usam, segundo Slim, 70% da rede de tráfego de dados disponibilizada pelas empresas de telecomunicações.Slim citou vários fatores que contribuíram para o seu otimismo em relação ao futuro econômico do Brasil, incluindo as reformas estruturais implementadas pelo governo nos últimos anos e os sinais positivos vindos dos mercados internacionais. Além disso, ele apontou que o país tem mão de obra qualificada, recursos naturais abundantes e infraestrutura moderna como principais atrativos para investidores globais.
“Eu creio que a neutralidade da rede faz com que as grandes empresas, que fazem grandes operações, usem a rede, e seria conveniente que fizessem um pagamento mínimo, que se reverta em benefício ao consumidor, através de mais investimento e menores preços”, defendeu.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que o presidente Lula relembrou, na conversa com o empresário, sobre o isolamento internacional que o Brasil viveu no governo anterior e como o país se reinseriu no cenário internacional em 2023, com presença nos principais fóruns e reuniões bilaterais com os principais líderes mundiais.
O empresário também enfatizou a importância das alianças estratégicas entre países emergentes como México e Brasil, afirmando que tais parcerias são fundamentais para promover o crescimento sustentável na região. Ele disse ainda acreditar que há grandes oportunidades por explorar no setor tecnológico, especialmente nas áreas de telecomunicações, fintech e energias renováveis.“Lula relatou o processo de reconstrução do Estado brasileiro a partir da PEC da Transição e da retomada de programas sociais. Reforçou que em 2024 o Brasil vai crescer de novo mais do que o previsto, assim como ocorreu em 2023, com estabilidade e previsibilidade, e falou dos planos de investimento em infraestrutura, que totalizam R$ 1,7 trilhão via Novo PAC nos próximos anos”, diz a nota