O diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, decidiu exonerar três diretores que haviam sido afastados na operação da Polícia Federal da semana passada.
Eles são suspeitos de participar de espionagem e de apagar dados sobre o suposto monitoramento irregular de jornalistas, advogados, políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal.
Um deles é o secretário de Gestão e Planejamento, Paulo Maurício Fortunato, um dos afastados na semana passada.
Ou seja: passado o afastamento das investigações, os três diretores não devem voltar mais aos postos que ocupam atualmente.
Os diretores que são servidores da agência voltam aos cargos de origem, sem o posto de chefia, e terão de responder a processos administrativos.
A PF investiga, além do monitoramento, quem mandou apagar os dados dentro da agência para não deixar rastros de quem foi vigiado durante o governo Bolsonaro.
O diretor Luiz Fernando Corrêa foi pressionado por servidores da Abin e senadores a não manter na agência os diretores que foram afastados na semana passada – principalmente o número 3 do órgão até então, Paulo Maurício Fortunato.
Durante a sabatina no Senado, ainda como indicado para chefiar a Abin, Corrêa foi questionado sobre Paulo Fortunato pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Na ocasião, o atual diretor da Abin disse que o servidor era de sua confiança.