A Polícia Federal confirmou nesta quinta-feira (19) que investiga o furto de uma pistola de 9 milímetros de um agente em terras indígenas. A arma sumiu no período em que policiais federais foram designados a permanecer na área por causa de um impasse que envolvia o fechamento da maior barragem de Santa Catarina. A estrutura fica nas terras Laklanõ Xokleng em José Boiteux, no Vale do Itajaí, e teve as comportas fechadas por causa das cheias.
Durante o fechamento, em 8 de outubro, houve confronto entre policiais militares e indígenas. Segundo o Corpo de Bombeiros, três indígenas chegaram a ser atingidos com balas de borracha.
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Uma semana depois de fechada, a barragem foi reaberta, em 15 de outubro. Sem operação há quase 10 anos, foi necessária uma força-tarefa de técnicos e órgãos de segurança para garantir a atividade na estrutura, construída em 1992.
A Polícia Federal não informou quando a arma desapareceu, mas disse que o caso é apurado.
O policiamento e a segurança na terra é de responsabilidade da Polícia Federal. O órgão ficou no local após o confronto com a Polícia Militar. O governo federal também acompanha a situação e pediu que o Ministério Público Federal investigasse o confronto.
Conforme o governo federal, o fechamento estava autorizado pela Justiça Federal e havia sido acordada com lideranças Xokleng, que vivem na região.
Porém, a comunidade teria sido surpreendida pela chegada dos policiais no sábado para o "cumprimento da decisão antes mesmo do cumprimento do acordo acertado com as autoridades".
A ação ocorreu após Santa Catarina registrar estragos causados por conta das chuvas. Duas pessoas morreram e 60 cidades decretaram situação de emergência. A barragem de José Boiteux é a maior do estado.